O VIH ou Vírus da Imunodeficiência Humana é considerado por alguns autores uma pandemia global. No entanto, a Organização Mundial da Saúde, atualmente, usa o termo ″epidemia global″ para descrever o VIH.
Em 2020, estimava-se que havia 37,7 milhões de pessoas a viver com o VIH, a nível mundial, e registou-se cerca de 680.000 mortes relacionadas com a SIDA. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/SIDA (ONUSIDA), o número global de novas infeções pelo VIH tem diminuído, de um pico de 2,9 milhões em 1997 para 1,5 milhões em 2020.
Em Cabo Verde, duas décadas após o relato do diagnóstico do primeiro caso de SIDA, o Governo tem elegido a luta à epidemia como uma das grandes prioridades nacionais, tendo contado com o apoio de vários parceiros, entre os quais o Fundo Global para o VIH, Tuberculose e Paludismo, para desenvolver e implementar ações que visam conter a propagação da epidemia, tanto nos domínios de prevenção e tratamento, como também nos cuidados e defesa dos direitos das pessoas que vivem com VIH.
Dados epidemiológicos recentes indicam que a epidemia do VIH, no país, é do tipo concentrado, com uma taxa de seroprevalência global de 0,6% na população geral (IDRS III – 2018).
Principais marcos da luta contra o VIH-SIDA em Cabo Verde, desde o surgimento do primeiro caso da infeção em 1986:
- 1987 – Nomeação do Grupo de Ação Anti-SIDA (GAAS), pelo Ministério da Saúde;
- 1988 – Elaboração do Programa Nacional Multissectorial de Luta contra o VIH-SIDA, financiado pelo Banco Mundial;
- 2001 – Criação do Comité de Coordenação e Combate ao SIDA, CCS-SIDA;
- 2004 – Introdução da Terapia Antirretroviral, TARV, em Cabo Verde;
- 2005 – Início da implementação da Estratégia de Prevenção da Transmissão Vertical de mãe para filho;
- 2005 – Realização do II Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva;
- 2008 – Alargamento da despistagem do VIH a nível nacional.