VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus que causa a SIDA. O vírus ataca e destrói o sistema imunitário do nosso organismo, isto é, destrói os mecanismos de defesa que nos protegem de doenças.

Existem dois tipos de VIH: o VIH-1 e VIH-2, sendo o primeiro o mais frequente em todo o mundo.

SIDA significa Síndrome da ImunoDeficiência Adquirida.

Síndrome – refere-se ao grupo de sintomas que caracterizam uma doença.

Imunodeficiência – significa que a doença é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema imunitário (de defesa).

Adquirida – significa que a doença não é hereditária e desenvolve-se após o nascimento por contato com um agente (no caso da SIDA, VIH).

SIDA é uma doença causada por um vírus, o vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV na língua inglesa) que ataca o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas doenças.

Importa realçar que estar infetado com VIH não é o mesmo que ter SIDA. As pessoas que estão infetadas com VIH são seropositivas, e podem ou não desenvolver SIDA.

O doente com SIDA é aquele que apresenta sinais e sintomas da doença, fica progressivamente débil, frágil e pode contrair várias doenças que o podem levar à morte.

Inicialmente, a pessoa infetada com VIH não tem sintomas. Após contrair a infeção podem existir sintomas semelhantes à gripe, como:

  • Febre;
  • Dores de cabeça;
  • Cansaço;
  • Gânglios inflamados no pescoço e virilhas.

Posteriormente, e a medida que vai evoluindo para doença, os sintomas tornam-se mais graves, tais como:

  • Perda rápida de peso;
  • Infeções graves;
  • Pneumonia;
  • Diarreia prolongada;
  • Lesões na boca, ânus ou genitais;
  • Perda de memória;
  • Depressão;
  • Outros distúrbios neurológicos.

O tempo entre a infeção pelo VIH e o adoecimento pela SIDA pode levar anos, dependendo do estado imunológico e o comportamento de cada indivíduo. 

A terapia antirretroviral pode prevenir a progressão para SIDA, diminuindo a carga viral em um corpo infetado.

O VIH pode ser transmitido através de:

  • Relações sexuais sem proteção (sem preservativo) com pessoas infetadas por VIH, seja por contatos entre genitais, sexo vaginal e anal ou ainda sexo oral;
  • Transfusão de sangue contaminado ou utilização de materiais injetáveis ou objetos contaminados;
  • De mãe seropositiva para o filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
  • Suor;
  • Beijo no rosto;
  • Aperto de mão / abraço;
  • Partilha de pratos, talheres e copos;
  • Picada de insetos;
  • Assento de transportes públicos;
  • Piscina / casa de banho;
  • Contatos sociais;
  • Pelo ar.
  • Utilizar o preservativo, masculino ou feminino, durante as relações sexuais;
  • Não partilhar objetos que possam ter estado em contato com o sangue, nomeadamente agulhas e seringas (bem como todo o material envolvido na preparação da injeção);
  • Não partilhar lâminas de barbear e escovas de dentes;
  • Utilizar seringas e agulhas descartáveis e luvas para manipular feridas e líquidos corporais;
  • As mães infetadas pelo vírus (VIH-positivos) devem usar antirretrovirais durante a gestação, para prevenir a transmissão vertical, e também evitar amamentar os seus filhos.

 

 

Não há cura para o VIH/SIDA. No entanto, existe um tratamento designado antirretroviral que, se iniciado cedo e regularmente, resulta em qualidade de vida e longevidade para quem vive com VIH.

O tratamento consiste na toma de medicamentos antirretrovirais com o objetivo de impedir a multiplicação do vírus e recuperar de forma significativa o sistema imunitário das pessoas infetadas, permitindo que vivam mais anos e com qualidade. Ter uma carga viral baixa ou suprimida permite ao sistema imunológico uma oportunidade para se recuperar.

O tratamento não cura, mas ajuda as pessoas com VIH a viver mais e com mais saúde, reduzindo também o risco de transmissão a outras pessoas. Em Cabo Verde é gratuito e está disponível em todas as estruturas de saúde.

Existem, atualmente, evidências de que uma pessoa que faz o tratamento antirretroviral e que tenha uma carga viral suprimida não transmite o vírus aos parceiros sexuais.

O uso de medicamentos antirretrovirais demonstrou reduzir drasticamente as doenças e mortes relacionadas à SIDA. Embora não seja uma cura para a SIDA, a terapia antirretroviral combinada permitiu que as pessoas que vivem com VIH vivessem mais, com mais saúde e mais produtividade, reduzindo a viremia (a quantidade de VIH no sangue) e aumentando o número de células CD4 positivas (leucócitos que são fundamentais para o funcionamento eficaz do sistema imunológico). 

Para que o tratamento antirretroviral seja eficaz por um longo período, diferentes medicamentos antirretrovirais precisam ser combinados. Isso é conhecido como terapia combinada. O termo terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) é usado para descrever uma combinação de três ou mais medicamentos anti-VIH.

Os medicamentos antirretrovirais só devem ser tomados de acordo com a prescrição de um profissional de saúde.  A falta de adesão contribui para a destruição do sistema imunológico e aumenta o risco de resistência aos medicamentos.

É recomendado que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico da infeção, independentemente da carga viral ou do valor das células CD4. Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, maior é a garantia de que o sistema imunológico se mantém capaz, impedindo dessa forma o aparecimento de infeções oportunistas.

Além das estruturas de saúde, existem várias associações e organizações da sociedade civil que podem fornecer informações, sendo:

- Delegacia de Saúde da Praia

- Rede de Pessoas que vivem com VIH

- Verdem Fam

- Morabi

- Abraços